Morte do Artista Phoenix RDC youtube video
LETRA
[Refrão]
Eles agem como se fossem donos da música
Fenómenos da arte lúdica
Os tempos mudaram e não há dúvida
Queremos e vamos deixar a nossa rubrica, rubrica
Hoje somos a música, fenómenos da arte lúdica
Os tempos mudaram e não há dúvida
Queremos e vamos deixar a nossa rubrica
[Verso 1]
Eles só ‘tão a ver a parte doce
Não viram que foi essa battle que aqui me trouxe
Passei metade da carreira a chupar o osso
Naquela era o que era nosso, parecia vosso
Penamos, lábios secos, não havia gloss
Cantávamos só em backs, o público eram sócios
Tratavam-nos sem respeito, hip-hop era um choque
E nem hipótese tipo um Super Bock Super Rock
Tinhamos que chamar à atenção porque eles não nos viam
Hip-hop era aberração, e quantas rádios riram-se?
Quantas maquetes partiram e não ouviram?
Iludiram, cuspiram, e nos chamaram pirosos
O mundo gira, gira (Hoje)
E vai-se ouvindo rumores que nós metemos a cultura no lodo
O nosso conteúdo é 1-2, banalizamos com graffiti e b-boys
Eles querem que a gente saia c’a casa cheia
Nos temem, nos vaiam com cara feia
Criaram impérios e eu lá na aldeia (Broke)
Os vossos castelos não são de areia, são d’ouro
Dizem que a gente colhe o que semeia
Então passem-me o testemunho, a minha estreia (Hoje)
Traz as tuas ideias que aqui há lugar p’ra todos
Faz parte do jogo, e aceitem só que hip-hop ’tá no pódio
[Refrão]
Eles agem como se fossem donos da música
Fenómenos da arte lúdica
Os tempos mudaram e não há dúvida
Queremos e vamos deixar a nossa rúbrica, rubrica
Hoje somos a música, fenómenos da arte lúdica
Os tempos mudaram e não há dúvida
Queremos e vamos deixar a nossa rubrica
[Verso 2]
Batemos palmas nesses cotas que sabotam hoje
Se têm traumas, com licença, [missão?] me dá nojo
‘Tive que ‘tar na resistência a sós, sem direito a voz
A luz só veio depois dos 32
Todos que vivem desse sonho, chamo de vencedores
Sempre piamos baixinho aqui nos bastidores
Ninguém limpou os nossos choros, querem os nosso louros
Só oiço coros: “Um dia haverá rap nos Globos de Ouro”
Disse: “Bullshit, nigga, fuck off” (Fuck off)
Não preciso de uma rádio que aprove
Tudo o que eu vejo é sentimento de boss porque não vos dão love
Superem, são ossos do job
Nada dura p’ra sempre, tudo tem validade
Assentem o dia d’arte, sei que vocês querem-nos num mundo aparte
Somos o trauma, causa do drama dos velhos trapos
E histórias ‘tão em quadros, música não é só fado
[Refrão]
Eles agem como se fossem donos da música
(Mentes fechadas ‘tão seladas p’ó diferente)
Os tempos mudaram e não há dúvida
(Estagnaram, vivem o passado presente)
Hoje somos a música que toda a gente sente
É que toda a gente sente
Os tempos mudaram e não há dúvida
Queremos e vamos deixar a nossa rubrica